O diagnóstico do pediatra pode até
parecer o mesmo, mas as doenças causadas por vírus são bem diferentes.
Não importa se o bebê acordou
com febre, com tosse, diarreia, vômito ou manchas na pele. O diagnóstico do
pediatra é quase sempre o mesmo: virose!
Com o passar do tempo, fica até parecendo que o médico
utiliza essa palavrinha quando não consegue descobri o que o pequeno tem. Mas
pode acreditar: a culpa é mesmo do vírus! “Uma virose é causada por um ou mais
vírus, que por sua vez, precisam de um tempo de incubação para se instalar”.
Devido à dificuldade de isolamento desses agentes, às vezes é difícil descobrir
o vírus exato que está causando a doença.
Há ainda um terceiro problema
que torna a identificação da doença um mistério difícil de ser decifrado. Todos
os vírus causam sintomas bem parecidos durante os seus primeiros dias de incubação
(como febre, dor e inquietação). Só depois de um bom tempo é que as
características típicas de cada agente começam a se manifestar, tornando mais
fácil especificar qual doença o bebê tem.
Vacina neles!
Não adianta você se
desesperar: seu filho vai ter pelo menos uma (se não mais!) viroses no decorrer
da infância. Isso porque a maioria das doenças causadas por vírus são
transmitidos através de gotículas de saliva e secreções que permanecem no ar.
Para piorar, o corpo dos pequenos quase não possui defesas, contando apenas com
anticorpos passados pela mãe durante a gestação. O organismo do bebê também é
mais frágil, contribuindo para que a doença evolua de forma grave e com
complicações.
Crianças que entram nas
escolinhas e berçários antes dos 2 anos também estão mais vulneráveis a
qualquer tipo de vírus. Sem resistência imunológica, basta um coleguinha se
contaminar para a doença se espalhar pela classe inteira.
Para tentar prevenir futuras
viroses, a saída é ficar em dia com o calendário de vacinação. Algumas viroses
bastante comuns na infância, como sarampo, caxumba, rubéola, rotavírus,
poliomielite, hepatite B, podem ser prevenidas com gotinhas distribuídas gratuitamente
pelo Ministério da Saúde. Outras viroses dependem de cuidados gerais de
higiene, boa alimentação e hábitos saudáveis para serem evitadas.
Mãe não é
especialista
A menos que você seja
pediatra, nem pense em automedicar o seu bebê. Em linhas gerais, viroses não
possuem antibióticos específicos, sendo tratados a partir de medicamentos que
aliviam mal-estar. A maioria dessas doenças evolui para a cura. Já o tempo será
determinado pela resistência do organismo da criança e as características do
próprio vírus.
Além de consultar um pediatra
que prescreverá um tratamento adequado, os pais devem ficar atentos à evolução
da doença, é importante manter os bebês hidratados, já que a perde de líquidos
no caso da diarreia e vômitos.
Tem que comprar
A falta de recursos é a grande
responsável por deixar algumas vacinas importantes de fora das campanhas
públicas de imunização. Assim, cabe aos pais recorrer às clínicas particulares
para comprar gotinhas. O valor de cada uma delas é salgado, mas vale a pena o
investimento. Essas vacinas protegem contra doenças que causam danos
irreparáveis na saúde das crianças. Os pais podem até achar caro pagar por elas
na rede privada, só que o preço de uma criança ficar doente é muito maior. Na
lista de doses que não podem faltar a carteirinha de vacinação do seu filho
devem constar.
Varicela (catapora): dose
única aplicada a partir de 1 ano e idade.
Hepatite A: duas doses tomadas
a cada 6 meses a partir de 1 ano de idade.
Primeiros Socorros
Febre: verifique a temperatura do pequeno com um
termômetro. Se a temperatura estiver 37,8 graus, dê um banho morno e um antitérmico
recomendado pelo pediatra.
Vômito: dê um antitérmico indicado pela pediatra e só
corra novamente ao médico se o bebê reclamar de dor.
Tosse: se ela for seca, ou seja, sem presença de catarro a dica é dar
bastante líquido para o bebê. Já se for produtiva, deve-se fazer inalação com
soro fisiológico.
Corte: se for pequeno superficial, lavar em solução anti-séptica
dá conta do recado. Já se for profundo corra ao médico.